sábado, 3 de março de 2012

nem tarde nem nunca

Tempo de reflexao, tempo de acertar agulhas…não, não vou fazer plannings nem resoluções, aprendi duramente durante este ano que o tempo não tem segundos, nem horas nem minutos…o tempo é apenas o tempo e damos-lhe demasiada importância…só quero interiorizar que a minha passagem tem uma marca inefável em alguém que porventura me possa amar ou mesmo odiar…só nos extremos consigo viver a plenitude…nao quero a corda a bamba,não quero o morno…não sou assim…não peço desculpa por isso, sinto muito para quem espera de mim uma outra atitude…só quero ser eu, apenas eu com todos os meus defeitos e as minhas virtudes…vou tentar não deixar que a vida me arrase e me abata com os tiros pela culatra, vou tentar não me deixar desanimar nas contrariedades, vou tentar apenas ser feliz…

Relativamente a nós, a vós , ao Café, ás amizades cibernautas, vou querer cimentar e aprofundar aquilo que descobrimos, aceitarmo-nos mutuamente;no fundo, agradecer-vos a grande prova de amizade que me deram para não nos perdemos no Tempo…e dizer-vos que não há dia que não pense em vós, mesmo que não venha cá…

Agora, passando do filosófico para o pratico, a palavra de ordem para 2012 é concretização…não é saúde, nem paz, nem alegria…é só passar para o Real, para o concreto todos os planos que temos vindo a fazer…já demos tempo a mais, para a idealização…este ano tem mesmo de ser para a pratica…Desafio-vos então para um ano cheio de trabalho e essencialmente cheio de Vida…

E now, tenho que ir á vida…

Fecho a missiva, com um enorme abraço daqueles que tiram o sufoco e dizer-vos que realmente vocês têm sido o suporte que me faz falta e que 2012 seja ainda um ano mais amigo para todas nós…e mais uma coisinha: não percam a esperança

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Triccotar em Publico na Maia



Dia 25 Fev , 15h

Café Ponto Chique 2

( em frente PSP Maia)

NÃO FALTES

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A vida

Acordou-me hoje com o querer
E quero…
Quero mais azul
Quero mais mar
Quero o céu inteiro
E as estrelas do sol

Os cabelos desgrenhados
A chuva a cair na calçada
O amor que tarda em chegar
E quero…
Quero mais o tinir das agulhas
Quero mais o crepitar do lume
Quero a fogueira que sempre tive
Quero o atar das pontas
E as estrelas do sol

quinta-feira, 3 de março de 2011

A verdadeira profundidade se encontra detrás dos espelhos"


 

(Marguerite Yourcenar

"Reivindico minha busca constante, meus erros, meu assombro e não o isolamento por medo de viver"

(Clarice Lispector).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poema aos amigos do Borges

Por vezes quanto mais pensamos que estamos sós, somos surpreendidos por coisas destas que nos mostra que afinal a nossa solidão é escolhida e que a nossa conchinha não é mais que um barreira para não vivermos as emoções em pleno…

Poema aos amigos

Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida,
Nem tenho resposta
Para as tuas dúvidas ou temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.

Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro.
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.

Não posso evitar que tropeces,
Somente posso oferecer-te a minha mão
Para que te sustentes e não caias.

As tuas alegrias
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas desfruto sinceramente
Quando te vejo feliz.

Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.

Não posso traçar-te limites
Dentro dos quais deves actuar,
Mas sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.

Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.

Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso
Amar-te como és
E ser teu amigo.

Todos os dias, penso
Nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo nem no meio,
Não encabeças
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.

E tão pouco tenho
A pretensão de ser
O primeiro
O segundo
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo

Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.

Obrigado por seres meu amigo.

Jorge Luís Borges

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1º selinho



 

Uma oferta que não estava a contar da menina Ana http://aninhalourenco.blogspot.com/ ..Obrigada nina…muito obrigada…ás vezes precisamos que nos digam que gostam de nós


 

E agora regras para quem quiser e tiver vontade de ter este selinho no blog:


 

1º - postar o selinho no blog

2º - postar o nome da pessoa que te indicou com o link do seu blog

3º - indicar quantos blogs quiser e avisa-los

Ofereço a todos aqueles que me aturam de quando em

4º - responder às seguintes perguntas:

    - Nome        Maria Sao

- Uma música     Papa can you heard me , Barbara Streisand, Yentl

- Um filme        Les uns et les autres    

    - Cor preferida    Branco


    - O que mais gosta de fazer dolce fare niente

- O que mais gostou no selinho         a lembrança


e agora , vou-me pela noite dentro com uma manga em tricot e o LIVRO do Zé Luis Peixoto…maybe….


Poema dirigido a Salazar


"Nunca precisámos de outra coisa!"  FOI FEITO EM 1934.
 

 Conta-se que este poema foi dirigido ao Ministro da Agricultura do governo de Salazar, como forma de pedir adubos. Por mais estranho que pareça, o senhor que o escreveu não foi preso e Salazar até se fartou de rir (??!!!) quando o leu:

- E X P O S I Ç Ã O -
Porque julgamos digna de registo
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.

Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!

O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e... como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!

A Nação confiou-lhe os seus destinos?...
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
... quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n'um traque do Ministro das Finanças?...
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.

Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n'elas.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!

Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda...

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!...
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!

Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.

Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.


Pela Junta Corporativa dos Sindicatos Reunidos, do Norte, Centro e Sul do Alentejo


Évora, 13 de Fevereiro de 1934


O Presidente

D. Tancredo (O Lavrador)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Protagonismo


Hoje cheguei a uma verdade há já muito tempo reflectida por ter passado inumeras vezes pelo efeito que ela provoca:

Quando nao se tem protagonismo na vida privada, e se o vao procurar em vivencias de grupo, seja ele qual for, chega-se ao ponto de vender a alma .

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Por vezes

na vida de uma pessoa acontecem coisas para reflectirmos e pensarmos o quanto nao valemos nada...adeus arnaldo..tinha de ser eu, nao tinha? a fechar-te os olhos....

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Há dias

que a sonsice nao me afecta de todo....outros há , quando esta tem laivos de desrespeito quer por si proprio quer pelos outro, que só me apetece bater com a porta e dizer : Até sempre....

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Amizades são feitas de pedacinhos



Amizades são feitas de pedacinhos.

Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa.
Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada pessoa.
Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro.
Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem e a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes.
Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos, ou de simpatia mútua sem explicação.
Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails e essas não são menos importantes. São as famosas "amizades virtuais". Diferentes até, mas não menos importantes.
Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos (e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las.
Há amizades profundas que são criadas assim.
Saint-Exupéry disse:
"Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante".
E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido.
São lembranças para cinco minutos depois ou anos até.
Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.
Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras.
O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.
(enviado por uma amiga)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cada um com seu destino


A dualidade da vida perturba-me, o nao ajustamento das palavras aos actos enfurece-me e esta pequena história tem o condão de me equilibrar....espero que produza o mesmo efeito a quem eventualmente me possa ler.


- Por que estou me sentindo tão inferior? - perguntou, assim que o monge acabou de rezar. - Já enfrentei a morte muitas vezes, defendi os mais fracos, sei que não tenho nada do que me envergonhar. Entretanto, ao vê-lo meditando, senti que minha vida não tinha a menor importância.
- Espere. Assim que eu tiver atendido todos que me procurarem hoje, eu lhe darei a resposta.


Durante o dia inteiro o samurai ficou sentado no jardim do templo, olhando as pessoas entrarem e saírem em busca de conselhos. Viu como o monge atendia a todos com a mesma paciência e o mesmo sorriso luminoso em seu rosto. Mas o seu estado de ânimo ficava cada vez pior, pois tinha nascido para agir, não para esperar. De noite, quando todos já haviam partido, ele insistiu:-

-Agora o senhor pode me ensinar?

O mestre pediu que entrasse, e conduziu-o até o seu quarto. A lua cheia brilhava no céu, e todo o ambiente inspirava uma profunda tranqüilidade.

- Está vendo esta lua, como é linda? Ela vai cruzar todo o firmamento, e amanhã o sol tornará de novo a brilhar. Só que a luz do sol é muito mais forte, e consegue mostrar os detalhes da paisagem que temos à nossa frente: arvores, montanhas, nuvens. Tenho contemplado os dois durante anos, e nunca escutei a lua dizendo: por que não tenho o mesmo brilho do sol? Será que sou inferior a ele?

- Claro que não - respondeu o samurai. - Lua e sol são coisas diferentes, e cada um tem sua própria beleza. Não podemos comparar os dois.

- Então, você sabe a resposta. Somos duas pessoas diferentes, cada qual lutando à sua maneira por aquilo que acredita, e fazendo o possível para tornar este mundo melhor; o resto são apenas aparências.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

PABLO NERUDA - Poema " Quem morre"

Se me perguntardes o porquê desta escolha, só vos posso dizer que hoje deparei-me com uma situaçao que me fez lembrar de imediato este poema...alguem, que eu conheço muitissimo bem, embrulhado num cobertor, de olhar vazio para o ecran da televisao numa daquelas estaçoes de informaçoes bolsistas...alguem, que eu já vira gerir centenas de pessoas, estava ali, sentado, com o pijama vestido, a barba por fazer, restos de comida num prato, uma garrafa de whisky menos de meia, alguem, que me estendeu a mão e abriu os meus horizontes e agora me suplicava companhia com aqueles olhos sem esperança....alguem, que se não é génio, está muito proximo disso, alguem k transforma as palavras em deliciosos sonetos...È para ti, meu amigo, que me lês, que sabes que a luz reside dentro de ti, que sabes que eu preciso de ti, este poema do nosso amigo Pablo Neruda, que tantas vezes o leste para multidoes e para mim naquelas noites de insonias e de agonia...


Morre lentamente,
quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma cor nova ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente,
quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente o que resgata o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não lhe responde quando lhe perguntam algo que não sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.



Pablo Neruda era um poeta chileno, que viveu entre 1904 e 1973. O seu nome de baptismo é Neftalí Ricardo Reyes Basualto e só em 1946 adoptou oficialmente o pseudonimo Neruda. Entre os varios premios literarios distingue-se o Premio Nobel da Literatura em 1971 , atribuido quer pelas suas qualidades poeticas quer pela defesa da dignidade humana. Viveu exilado durante muitos anos por causa das suas actividades politicas contra o regime opressor do seu pais natal.Morre em Paris, amargurado com o golpe de estado vitorioso de Pinochet contra o governo de Salvador Allende.

Resumindo a sua obra literaria podemos dizer que se divide em 4 vertentes distintas:
  1. poemas de amor
  2. poesia voltada para a solidão e a depressão
  3. poesia épica e política
  4. poesia do quotidiano

Alfiniteira

Já andava há uns tempos a namorar o ponto de cruz de criadores franceses e encontrei este aqui
Decidi faze-lo de imediato porque a autora tem no blog alguns, de varios paises, menos de Portugal. Foi feito num ápice, nem a minha aversão ás agulhas com bico me inibiram...e enviei-lho, para ela ver que tambem por cá se borda....ahahaha
Cá por mim, gostei do resultado e que me dizem, V.Exas?
E já agora, se eu oferecer um, mais perfeitinho, na vossa cor preferida, á minha visita nº 2500, devidamente comprovada?
Eh lá!!!!!!isto hoje está a dar!!!!!!!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

"Se as folhas fossem doces,

Rio Beça - Santo Aleixo de Além-Tamega - Ribeira de Pena


Comia a arvore toda"...
eis o comentário da minha mais novita quando viu um prato de sopa com imensas folhas de agriao a boiar... e não pára aqui...após uma conversa com a professora fiquei de boca aberta com a facilidade que ela cria histórias e as lê depois aos coleguinhas.Isto tudo porque faz os trabalhos muito rapidamente e para nao ficar a olhar para ontem, começa a escrever...."Nunca tive um miudo no 1º ano, e olhe que sou prof há 30 anos, que fizesse isto"...
E eu, a mãe, nunca me tinha apercebido de nada... sabia que tem um Diário, fechado, e as chaves andam sempre com ela na mochila...sabia que saem muitas frases soltas bem lindas...agora saber que consegue encadear ideias, matiza-las de cores e perfuma-las, nem pensar. Uma das composições era sobre mim e lembro-me desta frase porque já me tinha dito: " A mãe de veludo, por dentro e por fora, cheira ás flores de Verão", e outra sobre o rio na aldeia do pai : " O rio disse-me para ir com ele ouvir as cabrinhas lá na ponte dos Barrocas"....

São só 6 anos, meu Deus, e tenho medo...medo de nao conseguir incentivar esta inocência, medo de a castrar de alguma forma...medo que ela saia deste mundo real e passe a viver na fantasia...
Foi nesta foto que ela me falou do rio, depois de estar montes de tempo assim a olhar para ele...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Passeio em Alcobaça

Apenas algumas fotos em Alcobaça, num dia de calor, esperando, nao, o elevador, sim, o meu xuxu que vinha do Porto. Isto de fazer férias, sem maridos é uma coisa engraçada...dá saudades e o reencontro é muito gostoso.
Esta é a panoramica geral de quem chega vindo do Norte

Visita ao Mosteiro de Alcobaça.Já nao ia lá há imenso tempo. A imponencia daquelas colunas e daqueles arcos, fazem-me sentir pequenina













Os meus acompanhantes: Sara, Carlos, Susy, Luis e M.Joao




O Rio Alcoa, nasce na Serra dos Candeeiros e termina em Alcobaça onde se junta ao Baça para formar o Rio Alcobaça. Para tirar fotos ao Baça tinha que andar mais um bocado e pesava-me muito as pernas, para nao dizer outra coisa, por isso, para uma proxima ida .
Uma das coisas que me encantou, foi a cidade ter uns espaços verdes muito agradaveis e nas bermas dos passeios haver laranjeiras carregadinhas de laranjas.Infelizmente, as fotos sumiram....ou a fotografa nao presta....

Tumulos de Inês e Pedro

Tumulo de D.Pedro
Férias da Pascoa ... rumo ao Centro Sul, com destino a Aljubarrota, mais concretamente para casa de uma amiga virtual... sim, a Net, tem destas coisas... mesmo num canto perdido do Polo Norte podemos encontrar alguém que se assemelha muito a nós .Esta é a minha crença e espero nao deixar de pensar assim...foram 5 dias muito bem passados, entre artesanices e passeios. Como estavamos a 5 m de Alçobaça, lá rumamos nós um dia...Linda vila!!!...romantica, acolhedora, emocional em cada pedra da calçada...e claro, veio-me logo á lembrança aqueles versos de Camoes:

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito, ...
( Lusíadas, canto III, est.120)
Esta é sem dúvida, uma das histórias de amor mais comoventes da nossa História e em honra destes amantes, publico aqui , a fotografia dos seus tumulos, no Mosteiro de Alcobaça. Permanecem, mesmo após a morte, frente a frente e os seus retratos estão amparados por anjos em cima de uma especie de arcas estrondosamente bem esculpidas que mais parecem um relicário sagrado. O tema escolhido por D.Pedro, para a decoração do tumulo de Ines, foi a apoteose do juizo final e para o seu proprio, o relato da sua vida com maior incidencia na sua entrega total a um amor que ia contra tudo e contra todos.
Tumulo de Inês de Castro







Reparem, neste pormenor da base do tumulo de Inês: uma figura hibrida de animal e humano, que segura nos seus braços uma cria, fazendo lembrar as súplicas de Inês para nao matarem seus filhos e protegendo-os contra o seu peito....


Para quem nao conheça , aqui vai um resumo da história da bela Inês e do seu amante Pedro, publicado neste blog http://narizdepalavras.blogspot.com/


História de Pedro e Inês

Esta é uma história antiga e verdadeira que tem como cenário as belas cidades de Lisboa e Coimbra. D. Pedro, infante de Portugal, filho do rei Afonso IV e da Rainha D. Beatriz, estava na idade de casar e garantir a descendência do reino, pelo que o seu pai mandou vir de Espanha uma donzela galega, de nome Constança Manuel, que se fazia acompanhar por uma belíssima dama de companhia, D. Inês de Castro. Assim que se conheceram, Pedro e Inês logo se apaixonaram, no entanto, e por respeito à princesa Constança, nunca puderam concretizar o seu amor.A princesa, esposa atenta e dedicada, logo percebeu o interesse do marido pela sua amiga e como forma de evitar um romance entre ambos, escolheu a dama para madrinha de baptismo do seu primeiro filho, Luís. No entanto, esta estratégia não deu grandes frutos, uma vez que o bebé, criança de saúde bastante débil, acabou por falecer, quebrando assim os laços quase familiares que uniam estas três personagens. A morte prematura de D. Constança, que morreu ao dar à luz a infanta Maria, permitiu que os dois amantes pudessem finalmente viver em pleno o seu amor.Inês de Castro passou a habitar junto do Convento de Santa Clara, num pavilhão de caça que pertencia à família, situado na cidade de Coimbra, onde o seu amor pelo príncipe deu frutos, pois dele nasceram quatro filhos. Os dias de felicidade entre o príncipe e a sua amada duraram cerca de dez anos, mas uma sombra de tristeza abateu-se sobre os céus de Coimbra. D. Afonso IV, temendo a influência dos irmãos de Inês de Castro (fidalgos influentes da corte de Castela) sobre o príncipe D. Pedro, mandou três dos seus conselheiros a Coimbra para tentarem convencer D. Inês a deixar o príncipe. Perante a recusa desta, degolaram-na sem qualquer piedade. Ao ver a amada morta, D. Pedro jurou vingança contra aqueles que provocaram a sua desgraça e só descansou quando castigou os seus inimigos. Para homenagear a sua amada, D. Pedro mandou construir o monumental Mosteiro de Alcobaça, onde repousam até hoje os seus corpos em dois ornamentados túmulos que se encontram frente a frente. Para a História ficou a cerimónia de coroação de D. Inês, que mesmo depois de morta foi aclamada rainha e reconhecida pela corte.

domingo, 6 de abril de 2008

Troca da Cor - Recebida


E nao é que eu tambem tive uma madrinha que acertou em cheio nos meus gostos? ...Posso garantir que tenho tudo a uso, à excepção deste paninho da louça com os gatos, que apesar de estar em exposição, nem as cachopas lhe tocam....a alfiniteira que tem acompanhado os meus trabalhinhos na minha caixa de costura azul e o saco para os lenços de papel no meu saco.Garanto-vos que estes trabalhinhos em ponto de cruz, estão um primor, super perfeitos.....Aquelas meadinhas já foram usadas tambem e estão quase no fim.....buá....podes mandar mais!!!!!!!
Este ursinho, o desgraçado, já levou tantos trambolhoes da João, que sorrateiramente, tirei-o do quarto dela e guardei-o ....o pendura nas porta dos papás , infelizmente nao impõe respeito nenhum e continuam as incursões nocturnas das cachopas...o sabonete, na gaveta das peças "intimes" para eu cheirar super bem....claro está, que os docinhos já vão longe...
Esta menina mandou-me ainda guardanapos, quadrilé e evenwave ....
Falta agora revelar as maos que fizeram isto tudo e nao podia deixar de ser a menina Guida do blog Luzinha Secreta a quem agradeço do fundo coração.

sábado, 5 de abril de 2008

Troca da Cor - Maio/2007 Enviada



Pois é, lindas, pertenço a um grupinho da Net - Pontos & Pontinhos, e foi graças a ele k desenvolvi muito as minhas artesanices, encontrei pessoas lindas de morrer e sai da minha cocoon...por lá, alem de trocas de saber sobre os mais variados assuntos tambem se fazem umas outras troquinhas.Esta que vos mostro é a Troca da Cor, em que fui madrinha da Leninha do blog Xerangas. Tenho sempre receio de nao conseguir agradar ás minhas afilhaditas porque sao todas tao prendadas!!!!!!!!!! Esta menina faz uns colares lindissimos de morrer fora outras coisas... e decidi fazer:


um saco com aplicaçao em ponto de cruz da Hello Kitty















Um cachecol em lérias
Um pendura em macramé


















quinta-feira, 3 de abril de 2008

Marmelada



Como tenho imensas coisas para publicar, decidi nao usar a cronologia mas ir ao sabor do vento...começo pela minha marmelada feita em Outubro passado por uma razao muito simples: a pedido da minha filhota mais velha, a Sarocas, este fim-de-semana vou ter k fazer mais uma serie de tijelas...sim, k marmelada com um bom queijo da Serra é um piteu. E já agora aqui vai a receita que podem sempre adaptar para as vossas quantidades:


Ingredientes:

Marmelos
Acuçar
1/2 vagem de baunilha
Pau de canela
Casca de limão

Faço uma pre-cozedura de 5 m dos marmelos bem lavadinhos e só depois retiro as cascas e as pevides....é muito mais facil de descascar, acreditem. Depois, ponho a cozer os marmelos com uma casca de limao e 1 pau de canela.Após a cozedura, vao a escorrer muito bem.

Peso os marmelos e acrescento o acuçar com menos 200 gr. que a quantidade dos marmelos e a 1/2 vagem da baunilha.Vai a cozer, no minimo 45m em lume brando....e voilá.....ah...deixo secar dois ou três dias e depois ponho papel vegetal embebido em aguardente

Para quem goste da marmelada escura, descascar os marmelos e deixa-los escurecer de um dia para o outro....